Leão XIV: novo papa é nascido nos Estados Unidos e tem visão alinhada à de Francisco

Robert Prevost, cardeal nascido nos Estados Unidos e com nacionalidade peruana, é o novo papa. Ele escolheu o nome de Leão XIV e tem 69 anos. Prevost nasceu em Chicago em 1955 e tem forte ligação à América Latina devido à extensa atuação missionária no Peru.

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Seu nome foi anunciado na varanda principal da Basílica de São Pedro por volta das 14h25min desta quinta-feira, 8 de maio. Ele discurou aos milhares de fiéis que o aguardavam na praça e reverenciou o seu antecessor. "Obrigado, Papa Francisco", disse.  Também fez um "apelo à paz" a "todos os povos" nas suas primeiras palavras.

Cardeal relembra agem pelo Peru

O Papa Leão XIV recordou sua visita ao Peru em suas primeiras declarações após sua eleição, nas quais lançou uma saudação em espanhol à sua "amada diocese de Chiclayo".

"Também me é permitida uma palavra, uma saudação (...) de modo particular à minha amada diocese de Chiclayo, no Peru, onde um povo fiel acompanhou seu bispo, compartilhou sua fé", sublinhou da varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Alinhado à Francisco e com forte atuação na América Latina

Prevost foi nomeado pelo papa Francisco como prefeito do Dicastério para os Bispos, posição que o colocou no centro da escolha de novos bispos em todo o mundo. Ele é membro da Ordem de Santo Agostinho e se destacou por seu trabalho pastoral e acadêmico, ocupando cargos como prior geral dos agostinianos e bispo de Chiclayo.

É conhecido por seu estilo discreto, capacidade de escuta e visão pastoral alinhada à de Francisco — especialmente em temas como meio ambiente, atenção aos pobres e migrantes — ele também demonstrou apoio moderado a reformas pastorais, como a comunhão para divorciados recasados e a bênção a casais do mesmo sexo.

Apesar de sua reputação de integridade e competência istrativa, Prevost enfrentou polêmicas relacionadas a casos de abuso sexual envolvendo sacerdotes em sua antiga diocese no Peru e durante seu período como provincial nos EUA. Embora seus defensores afirmem que ele seguiu todos os procedimentos canônicos e incentivou as vítimas a procurarem a justiça civil, os casos seguem sendo motivo de críticas.

Mesmo assim, sua trajetória internacional, sensibilidade pastoral e confiança do Papa Francisco o tornaram um nome de consenso no conclave, visto por muitos como uma figura de continuidade e universalidade na liderança da Igreja.

Prevost é considerado moderado e construtor de pontes, e era um dos mais próximos de Francisco.

*Com informações de GZH

**Matéria em atualização