Geral
Atualizado em 10/03/2025 às 18:38
Cesta básica em FW compromete mais de 50% do salário mínimo
Aumento no valor dos produtos alcançou na região foi de 1,39% em fevereiro quando comparado com janeiro. Já no Estado a alta foi de 0,74%

A Cesta Básica em Frederico Westphalen apresentou uma elevação de 1,39% no mês fevereir quando comparados os valores com o mês de janeiro, ando a custar R$ 706,66. Este acréscimo acarretou em diminuição no poder de compra do trabalhador. Considerando os dois primeiros meses do ano, o aumento acumulado chega a 1,68%. A pesquisa é feita mensalmente pelo curso de Ciências Contábeis da URI/FW, são avaliados seis supermercados do município.
Tomando como referência o salário mínimo líquido de R$ 1.396,56, em fevereiro foi constatado que 50,6% do valor estão comprometidos com a cesta básica, correspondente a R$ 706,66, restando R$ 689,90 para atender as demais necessidades básicas, como água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer, entre outros.
A também denominada Ração Essencial Mínima é composta por 13 itens de gêneros alimentícios básicos: feijão, arroz, farinha, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, margarina, tomate, café e batata. Dos produtos avaliados, o café moído tradicional foi o item que apresentou maior elevação (16,69%), cujo preço médio ou de R$ 26,30/kg em janeiro para R$ 30,68/kg em fevereiro. Por outro lado, a maior redução de preços ficou por conta do feijão preto, que reduziu 4,71% em relação a janeiro.
Por meio da pesquisa, o grupo também realiza a coleta de preços de diferentes marcas de 51 produtos, distribuídos em nove grupos: grãos, farináceos, mercearia, carnes e derivados, óleos e temperos, hortifrutigranjeiros, higiene e limpeza, bebidas e artigos de uso geral. Nestes itens, o aumento foi de 2,16 % no mês de fevereiro, comparado a janeiro. No primeiro mês do ano, foram necessários R$ 2.990,04 para aquisição da cesta e, em fevereiro, o custo foi de R$ 3.054,69 – variação de R$ 64,65.
A pesquisa dos preços é feita por meio de projeto da URI, através do curso de Ciências Contábeis, coordenado pela professora Diana de Souza, tendo como bolsistas Kauan Gustavo Muller Michelon, Giovana Denti, Ariádyne de Azevedo.
No Rio Grande do Sul
O preço médio da cesta de alimentos no Rio Grande do Sul fechou fevereiro em R$ 288,27, o que representa uma leve alta de 0,74% em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, a elevação foi de 9,65%, acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, que ficou em 4,96% no mesmo período.
Apesar da alta média no Estado, a Região Metropolitana do Delta do Jacuí – que inclui os municípios da Grande Porto Alegre e concentra a maior parte da população gaúcha – registrou a maior redução nos preços dos alimentos analisados. O valor da cesta caiu 1,15% em relação a janeiro, fechando fevereiro em R$ 286,25 - abaixo da média estadual. Já a cesta mais cara segue na Região das Hortênsias, que encerrou o mês a R$ 320,50, mesmo com uma queda de 2,90% na comparação com janeiro.
Os dados são do Boletim de Preços Dinâmicos, divulgado nesta sexta-feira (7/3) pela Secretaria da Fazenda (Sefaz). O levantamento, realizado pela Receita Estadual, considera os valores registrados nas notas fiscais de estabelecimentos varejistas.
Arroz, feijão e macarrão mais baratos
Confirmando uma tendência de queda, os preços dos cereais e leguminosas voltaram a cair em fevereiro, com redução de 5,14% – a maior entre os 12 grupos analisados. No acumulado de 12 meses, a retração chegou a 10,17%. O quilo do feijão preto, por exemplo, foi comercializado a R$ 7,19 em média no RS - queda expressiva de 10% em relação a janeiro, sendo o segundo maior recuo entre os alimentos pesquisados. O arroz branco também ficou mais barato ao registrar redução de 3,72%, com preço médio de R$ 5,18 o quilo.
A segunda maior queda foi observada no grupo de farinhas, féculas e massas, que teve recuo de 2,76% no mês. O macarrão caiu 5,85%, sendo vendido a R$ 8,69. A farinha de trigo também registrou retração, com o preço do quilo comercializado a R$ 3,80 em fevereiro – uma redução de 2,56% em relação a janeiro.
Café e ovo sobem, maçã e contrafilé caem
Apesar da alta em relação a janeiro, o grupo das hortaliças acumula queda de 43,25% nos últimos 12 meses. Entre as frutas, a maior redução foi no preço da maçã, que caiu 7,22%, sendo vendida a R$ 12,98 o quilo. No grupo das carnes, apesar do avanço do preço da carne moída de segunda, que subiu 3,46%, o contrafilé registrou queda de 1,79% no valor do quilo. Já o preço do peito de frango permaneceu estável em R$ 24,99.
Entre os produtos que tiveram as maiores altas recentes, o café moído voltou a subir no RS. Em relação a janeiro, o aumento foi de 12,71%, com preço médio de R$ 51,80 o quilo. No acumulado de 12 meses, a alta chega a 72,95%. Já o ovo apresentou o maior aumento entre os itens analisados, com alta de 27,49%, atingindo um preço médio de R$ 13,48 no Estado.
No Brasil
Em fevereiro, o custo da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As únicas capitais que não apresentaram aumento no preço médio da cesta foram Florianópolis (-2,12%), Goiânia (-0,41%) e Brasília (-0,08%). As maiores elevações foram observadas no Rio de Janeiro (5,18%), São Paulo (1,89%) e Salvador (1,86%).